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Biocombustíveis: afinal, quais são as suas vantagens?

Nesta matéria, explicamos a origem dos biocombustíveis, principais vantagens de uso e cenário atual de mercado. Confira!

Por: Times de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Raízen Data: 11/11/2021 Tempo de leitura: 18 Minutos

A demanda por biocombustíveis no mercado é crescente – mas você sabe o porquê? Basicamente, é devido ao processo de produção limpo, já que os biocombustíveis provêm de subprodutos renováveis (o que torna tudo ainda mais vantajoso).

Em vez de levar os resíduos da produção de cana-de-açúcar ao lixo, por exemplo, você dá a eles um novo destino: os biocombustíveis!

Na Raízen, essa produção já é uma realidade e chama etanol de 2ª geração – uma alternativa sustentável que passa por dupla fermentação. Mas, isso, falaremos ao longo do texto.

Acompanhe para entender mais sobre o assunto!

O que são biocombustíveis?

Biocombustíveis são combustíveis produzidos a partir da biomassa, que é a matéria-prima usada na produção. Para quem ainda tem dúvidas: a biomassa é toda matéria orgânica, animal ou vegetal, derivada de produtos agrícolas. Um exemplo é o bagaço de cana-de-açúcar (que usamos na Raízen).

Diferentemente dos combustíveis fósseis e tradicionais, o biocombustível neutraliza a pegada de carbono e reduz a emissão de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera. Além disso, os biocombustíveis são renováveis, uma vez que são criados usando recursos que podem ser reaproveitados ou repostos.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 18% do combustível usado no Brasil é biocombustível (etanol e biogás!)


Como os biocombustíveis surgiram?

Tudo começou na década de 1970, época da crise do petróleo. A partir de então, o interesse por insumos renováveis começou – e com ele a preocupação com os gases poluentes e a qualidade do ar nas grandes cidades. 

A partir de 1980, o investimento em combustíveis fósseis começou a cair bruscamente, favorecendo ainda mais o cenário de substitutos – no caso, alternativas sustentáveis.

Em seguida, em meados de 1990, a injeção eletrônica e o catalisador de três vias em veículos automotivos passou a ser um ponto de atenção. Isso porque foi percebido que seus efeitos colaterais eram danosos ao meio ambiente, o que acabou impulsionando a busca pelo etanol como combustível. 

Nessa mesma época, a pauta do aquecimento global tomou grandes proporções, levando à assinatura do Protocolo de Quioto, criado em 1997. Esse tratado surgiu como forma de lidar com as mudanças climáticas, reforçando essa questão como um problema global, consequência da liberação excessiva de gases na atmosfera.

O protocolo, então, entrou em vigor em 2005, quando foi ratificado por mais de 50% dos países envolvidos na proposta original. Como forma de lidar de maneira coletiva com as questões climáticas, ele definiu metas quantitativas para a redução de GEE, os chamados gases do efeito estufa, em países desenvolvidos.

Inicialmente, essa jornada durou até 2012. Com a busca da indústria mundial por fontes alternativas (e menos nocivas) de energia e a alta nos preços do petróleo, os biocombustíveis ganharam espaço no mercado. 

Sendo um recurso renovável e limpo, os biocombustíveis se apresentaram como uma forma de reduzir consideravelmente os GEE, auxiliando a saúde ambiental.

Podemos dizer então que, basicamente, dois foram os principais fatores responsáveis pela demanda mundial e tomada de espaço no mercado pelo biocombustível:

  • A necessidade de diminuir a dependência de recursos não renováveis, como o petróleo (por questões ambientais e financeiras)
  • A redução de impactos ambientais, que, além de afetarem o meio ambiente, interferem na qualidade de vida da sociedade

Hoje, os biocombustíveis mais usados pelo mundo são o etanol (50 bilhões de litros por ano) e o biodiesel (5 bilhões de litros por ano).


Como acontece a produção de biocombustíveis?

A produção de biocombustíveis acontece pela decomposição da matéria orgânica – por isso dizemos que sua origem é não fóssil.

 

Exemplos e gerações de biocombustíveis

O termo biocombustível é guarda-chuva para diversos tipos de combustíveis renováveis, obtidos a partir de diferentes fontes e com propósitos variados. Ao especificarmos mais sobre o tema, podemos entender melhor sobre cada tipo de biocombustível: 

  • Bioetanol
    É um álcool produzido a partir da biomassa ou de uma parcela biodegradável de seus resíduos.

  • Biodiesel
    É um éster, utilizado para motores a diesel. Pode ser produzido a partir de óleos vegetais ou animais.

  • Biogás
    É o gás produzido a partir da biomassa ou da parte biodegradável de seus resíduos.

  • Bio-óleo
    É um combustível obtido por substâncias de origem vegetal ou animal (biomassa), através da quebra de moléculas pelo fogo.

  • Óleo vegetal
    Óleo puro que provém de vegetais oleaginosos (processo realizado por pressão ou extração). É compátivel com apenas alguns tipos de motores.

  • Biometanol
    Tipo de álcool produzido a partir de biomassa usado como combustível.

  • Bioéter dietílico
    Éter produzido a partir de biomassa, usado como combustível.

  • Bio-hidrogênio
    Produzido a partir de biomassa ou de alguma parte biodegradável; também é usado como combustível.


Além dos diferentes tipos, há também outra classificação: você sabia que esses biocombustíveis são divididos por gerações? São elas:

 

1ª geração de biocombustíveis

Fabricação a partir de origens vegetais.
Exemplos: etanol, biodiesel e biogás.

Os biocombustíveis de 1ª geração são produzidos em larga escala e alcançam ótimos índices de descarbonização por terem baixa pegada de carbono quando comparados aos fósseis equivalentes. É o caso do etanol da cana-de-açúcar, produzido pela Raízen, que reduz cerca de 80% das emissões de GEE em relação à gasolina.


2ª geração de biocombustíveis

Fabricação a partir de origens vegetais não comestíveis.
Exemplo: etanol celulósico.

A produção de 2ª geração passa a ser vantajosa, já que os biocombustíveis podem reduzir em até 90% a emissão de gás carbônico na atmosfera, quando comparados aos combustíveis fósseis.

3ª geração de biocombustíveis

Fabricação a partir de origens vegetais de rápido crescimento (microalgas).
Exemplo: etanol, biodiesel e biogás.

A 3ª geração intervém diretamente na produção de biomassa no campo da genômica, ajudando no desenvolvimento de plantas com propriedades mais favoráveis para a conversão de bioprodutos.

4ª geração de biocombustíveis

Fabricação a partir de origens vegetais, como árvores geneticamente modificadas.

O foco da 4ª geração é a retirada de gás carbônico da atmosfera. A captura do carbono ocorre por meio de plantas projetadas para obter (e reter) mais gases em seus troncos, galhos e folhas do que suas versões originais. Aqui, a biomassa com carbono é transformada em combustível e gases (com o auxílio de métodos da segunda geração). Então, além de renováveis, também são classificados como carbono-negativo: o processo de retirada de CO2 da atmosfera diminui os níveis desse gás no ar.


Como os biocombustíveis podem ser utilizados?

Os biocombustíveis podem ser usados tanto para a geração de energia (como o biogás) quanto para a locomoção de veículos (como o etanol e o biodiesel).
Esse tipo de combustível substitui total ou parcialmente os recursos fósseis não renováveis. 

 

Biocombustíveis: conheça suas vantagens

Mas afinal, optar por biocombustíveis faz tanta diferença assim?

Sim! Escolher e investir em biocombustíveis para a sua produção proporciona grandes vantagens, tanto para você quanto para o planeta! Alguns desses pontos positivos são: 

  • Contar com um portfólio diversificado e atualizado com o que o mercado busca – além de oferecer segurança, já que provém de fontes praticamente inesgotáveis
  • Aumentar a geração de emprego na cadeia produtiva
  • Contribuir para a redução do aquecimento global e emissão GEE na atmosfera
  • Diminuir a dependência de combustíveis fósseis
  • Adquirir posição competitiva por produzir e/ou distribuir um produto renovável
  • Ajudar a balança nacional comercial, devido às exportações


Quais são os principais biocombustíveis utilizados no Brasil hoje?

Entre os biocombustíveis mais utilizados no Brasil, podemos destacar o etanol (proveniente da cana-de-açúcar) e o biodiesel (produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais).

 

Qual é o atual cenário da produção de biocombustíveis no Brasil?

O Brasil está em posição de relevância de incentivo às fontes renováveis pela bioenergia. Nossa condição climática (faixa tropical e subtropical) favorece o desenvolvimento da agricultura energética, uma vez que recebemos intensa radiação solar durante o ano todo. 

Além disso, se os recursos utilizados já são plantados para consumo, como é o caso da canola na primeira geração de biocombustíveis, não há competição com a cultura alimentar. Isso porque não é preciso reduzir o espaço para cultivo, que já ocorre mesmo sem que o foco sejam os biocombustíveis. Devido a esses fatores, em escala nacional, o Brasil conta com uma matriz energética limpa e diversificada!

De modo geral, o país tem diversos pontos positivos que permitem o desenvolvimento bem-sucedido da produção de biocombustíveis. E esse setor tende a crescer ainda mais.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, cerca de 20% do consumo do setor de transportes já é de biocombustíveis. Com o aumento dos investimentos em combustíveis renováveis e um esforço mundial para que esse nicho avance, a previsão é de que o Brasil continue em uma posição favorável nesse cenário.



O que é RenovaBio e qual é sua importância?

O RenovaBio é um programa do Estado brasileiro para regulamentar a segurança energética, previsibilidade energética e mitigação de emissões de gases poluentes relacionados aos biocombustíveis do Brasil (como o etanol de 1ª e 2ª geração, biodiesel, biometano, e outros). 

A partir disso, a oferta de energia se torna segura, sustentável e competitiva.

Em outras palavras, o RenovaBio busca promover, de forma adequada, a expansão dos biocombustíveis na matriz energética do país. Ele estabelece metas anuais de descarbonização no Brasil, ou seja, incentiva a diminuição do uso de combustíveis fósseis.

Dessa forma, há um aumento na produção de biocombustíveis, que ganham maior destaque ao substituir as fontes tradicionais de energia.

Além das metas, o programa também conta com outros dois eixos estratégicos: a certificação da produção de biocombustíveis e o chamado “crédito de descarbonização”. Esses créditos são títulos emitidos a partir das notas fiscais de compra e venda de biocombustíveis, bem como das toneladas de carbono reduzidas pela empresa em questão.

O eixo da certificação, por sua vez, foca em registrar importadores e produtores de biocombustíveis, destacando suas contribuições para o uso de energias limpas e renováveis. A Raízen tem essa certificação!

Não paramos por aí: a Raízen é a única player no mercado integrado ao RenovaBio que também produz e distribui combustível. Nós geramos e compramos créditos com biocombustível.

E aí vai mais uma curiosidade: mais do que apenas cuidar dos nossos níveis de carbonização e trabalhar com o desenvolvimento de biocombustíveis, a Raízen apoia o programa RenovaBio de forma ativa! 

  •  Estamos entre as 3 distribuidoras com a maior meta a ser cumprida pelo RenovaBio;
  • Apoiamos o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e demais órgãos responsáveis pelo programa com informações que ajudem na sua evolução;
  • Temos todas as unidades produtoras de etanol certificadas ou em processo de certificação;
  • Cumprimos 100% da meta de compras de CBIO (Créditos de Descarbonização) 2020, estabelecida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).


Agora que você já entende sobre biocombustíveis, que tal conhecer mais de perto nosso portfólio de renováveis? Clique aqui!

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Para garantir a energia que move o mundo, temos um ecossistema integrado e
único de atuação: desde a produção e venda de energia renovável e açúcar a partir
da cana-de-açúcar, levando também essa energia para diversos cantos no mundo.

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