É um fato: atualmente somos muito dependentes da energia elétrica. Diante dessa realidade, será possível encontrar um equilíbrio entre as necessidades de consumo energético sem causar mais impactos negativos ao meio ambiente? Sim, uma alternativa é através do uso da bioeletricidade.
E isso já está acontecendo. O uso da bioeletricidade vem crescendo gradualmente no Brasil, com maior concentração nas regiões sudeste e centro-oeste. Por se tratar de uma matriz energética renovável, é vista como solução viável para duas crises: a de abastecimento e a ambiental.
Para conhecer as principais características da bioeletricidade e sua participação em um consumo de energia mais sustentável, continue lendo.
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O que é bioeletricidade?
A bioeletricidade é um tipo de energia alternativa gerada a partir de biomassa, o resultado da queima de matéria orgânica de origem vegetal ou animal.
Os subprodutos mais utilizados para a geração desse tipo de energia são palha de cana-de-açúcar, cascas de grãos e restos de madeira. A partir da queima desses materiais, há a geração de vapor que movimentam as turbinas, e assim, produzem eletricidade.
Renovável e sustentável, a bioeletricidade utiliza resíduos que seriam descartados e viabiliza a redução da emissão de gases do efeito estufa (GEEs).
De acordo com os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a bioeletricidade gerada a partir cana, como fazemos na Raízen, já é responsável por 15% da energia elétrica produzida no país.
Como a bioeletricidade é produzida?
O processo de produção da bioeletricidade começa com a escolha da matéria orgânica que dará origem à energia. No caso da Raízen, utilizamos o bagaço e a palha da cana-de-açúcar.
A matéria então passa por um pré-tratamento: moagem, secagem, lavagem, separação etc. A partir daí, é chegada a hora de converter esse material em energia, o que pode ser feito de diferentes maneiras, sendo a mais comum delas a combustão.
Com este método, a biomassa é queimada em uma caldeira para produzir o vapor que faz girar uma turbina para gerar eletricidade. A bioeletricidade também pode ser produzida com gaseificação, em que a biomassa é transformada em gás combustível, e com a fermentação, em que a biomassa é convertida em biogás.
Para resultar em eletricidade de fato, é possível usar geradores que convertem a energia mecânica produzida pela turbina em energia elétrica. Depois de todo esse processo, resíduos como cinzas e gases devem ser tratados ou até mesmo reutilizados.
Confira o esquema completo na ilustração:
Bioeletricidade com cana-de-açúcar
A energia gerada a partir da cana-de-açúcar depende da queima do bagaço que sobra após a extração do caldo de cana para produção de açúcar e etanol.
Como mostrado no esquema acima, para gerar eletricidade, o bagaço é queimado em uma caldeira, produzindo vapor.
Na Raízen, todos os nossos parques de bioenergia são autossuficientes e produzem sua própria energia, ou seja: além de produzir etanol e açúcar, aproveitamos a biomassa da cana-de-açúcar para manter nossos parques funcionando. Além disso, a energia produzida e excedente é comercializada no mercado livre de energia.
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5 benefícios do uso da bioeletricidade
Agora que você já compreende as diferentes formas de produção da bioeletricidade, conheça os benefícios que geram impacto socioambiental positivo:
1. Reduz as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs) por ser gerada a partir do reaproveitamento de biomassa que seria queimada ou descartada.
2. Gera empregos e renda graças a demanda de mão de obra especializada em diversas áreas, como agronomia, engenharia e tecnologia da informação. Além disso, a instalação de usinas de bioeletricidade em regiões rurais pode impulsionar o desenvolvimento econômico local.
3. Fortalece e diversificar a matriz energética brasileira, já que o Brasil é um dos maiores produtores de biomassa e tem grande potencial para o uso da bioeletricidade como fonte.
4. Contribui para a segurança energética, por se tratar de uma fonte de energia renovável e nacional. Isso diminui a dependência de importações e garante o fornecimento de energia mesmo em caso de crises internacionais.
5. Reduz custos de energia, já que a produção pode ser mais econômica quando comparada com fontes hidrelétricas e térmicas. Quando descentralizada, a bioeletricidade chega aos centros de consumo mais rapidamente, reduzindo os custos de transporte e distribuição.
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Como é o uso da bioeletricidade no Brasil?
O Brasil tem vivido um aumento significativo no uso de bioeletricidade como fonte de energia.
O setor sucroenergético tem investido cada vez mais na geração dessa fonte de energia e sua comercialização. No que se refere a políticas públicas, o governo brasileiro tem oferecido incentivos fiscais para projetos de energia e combustível renovável, mas ainda há muito a ser feito.
As perspectivas futuras para o uso dessa energia são bastante positivas. Segundo dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), a capacidade instalada de bioeletricidade no país deve ultrapassar os 20 GW até 2030.
Entre os fatores que contribuem para o aumento no uso de bioeletricidade nos próximos anos estão: a previsibilidade de geração, graças ao uso de tecnologia nas usinas, e seu potencial de fornecimento. Essas características podem ajudar a estabilizar o sistema elétrico brasileiro.
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Como a bioeletricidade está sendo utilizada na Raízen
A Raízen é uma das maiores produtoras de bioeletricidade do mundo, com capacidade instalada de 1,1 GW. Dentro do nosso extenso portfólio de energias renováveis, a produção de bioeletricidade se destaca: geramos energia limpa o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 5 milhões de habitantes.
Com a produção, comercializamos o excedente de bioenergia gerado para a rede elétrica, contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico brasileiro.
Estamos participando ativamente da transição energética, tendo a bioeletricidade como fonte para oferecer soluções com biogás, cogeração, geração distribuída e comercialização de energia.
Confira todas as opções renováveis ofertadas pela Raízen.
Acesse nosso guia da energia renovável e entenda a importância dessa diversidade de matrizes para a segurança energética brasileira.
