Sustentabilidade Ambiental

Mudanças climáticas: impactos e soluções para o futuro

Quer entender mais sobre o que são mudanças climáticas, suas causas, consequências e como impedi-las? Leia nosso artigo!

Por: Time de Sustentabilidade da Raízen Data: 02/09/2022 Tempo de leitura: 14 Minutos

Você sabe o que são as mudanças climáticas? Essas alterações no clima e na temperatura são consequências diretas tanto de processos naturais quanto das ações dos seres humanos.

O termo, muito presente em discussões sobre conservação, por vezes não é devidamente aprofundado diante de outros tópicos, como pegada de carbono e energia renovável.

Assim, muitas pessoas não entendem como funcionam essas alterações ambientais, seus impactos sociais e econômicos e a seriedade da situação.

Por isso, preparamos um artigo completo sobre o assunto, para que possamos aprender mais sobre o que são as mudanças climáticas, seus impactos e como podemos minimizá-los.

Vem com a gente!


O que são mudanças climáticas?

De modo geral, as mudanças climáticas são as alterações que ocorrem a longo prazo nos padrões climáticos do planeta.

Ou seja, são as mudanças (de temperatura, pressão atmosférica, umidade, pluviosidade, entre outros fatores climáticos) que acontecem com o passar do tempo, no meio ambiente ou em determinado bioma ou região.

Essas variações não costumam acontecer de uma hora para outra: são parte de um longo processo, que pode ser tanto natural quanto consequência das ações humanas no decorrer de um período.


Causas das mudanças climáticas

As causas para as mudanças climáticas variam, e é importante pontuar que nem todas estão diretamente relacionadas às ações humanas: em alguns casos, essas alterações são respostas do próprio meio ambiente para algumas condições naturais.

Na maior parte das situações, no entanto, a presença do ser humano resultou na intensificação dos impactos causados pelas mudanças climáticas.


Mudanças climáticas: causas naturais

As principais causas naturais para as mudanças climáticas estão ligadas à incidência solar, às ações das chuvas e do vento, aos movimentos orbitais da Terra e a outros fenômenos naturais.



Mudanças climáticas: causas humanas

As principais causas humanas, também chamadas de causas antrópicas, estão ligadas aos impactos das nossas ações no meio ambiente, como poluição e desmatamento.

Vale reforçar que segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a ação do homem é considerada a principal causa para o aumento da temperatura do planeta nos últimos dois séculos.



Impactos das mudanças climáticas

Mas, afinal, quais são as consequências das mudanças climáticas? Alguns resultados das causas mencionadas anteriormente são:

  • Aumento da temperatura média global
  • Perda de cobertura de gelo em regiões árticas, levando ao aumento do nível do mar
  • Mudanças nos ecossistemas (redução de fauna e flora, extinção de espécies, aumento de micro-organismos e vetores de doenças etc.)
  • Desertificação, consequentemente tornando essas regiões inabitáveis
  • Alterações na produção de alimentos (a mudança de clima e de espaço para plantio altera a qualidade e a quantidade dos alimentos plantados)
  • Variações no ciclo hidrológico (mais eventos climáticos extremos, como longos períodos de secas ou de chuvas muito intensas)
  • Impactos na saúde e bem-estar (surgimento de problemas relacionados, como os problemas respiratórios decorrentes do excesso de gases e poluição na atmosfera)

Essas consequências são reflexos dos impactos causados ao meio ambiente e à sociedade. Quanto maiores as taxas de poluição, por exemplo, maiores os danos aos ecossistemas, biomas e à sociedade.

A fauna e a flora são prejudicadas, acarretando um processo de erosão e desertificação que ajuda a aumentar a temperatura média, por exemplo.

Além disso, a baixa umidade do ar, somada à alta concentração de poluentes, pode implicar em complicações respiratórias por causa do ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.

E as mudanças já estão acontecendo: segundo um relatório da ONU de 2018, o caminho atual das emissões de dióxido de carbono na atmosfera pode acabar aumentando as temperaturas globais em até 4,4 °C até o final do século.

O ideal, segundo especialistas, seria limitar esse aumento para não mais que 1,5 °C como forma de evitar mudanças ainda mais drásticas.

Nossas ações estão todas interligadas, gerando consequências diretas e indiretas para as mudanças climáticas.

Por isso, é importante saber identificar os problemas que estamos causando e, a partir daí, buscar soluções para impedir a degradação total do meio-ambiente.


Mudanças climáticas, aquecimento global e efeito estufa: entenda relação

Quando falamos sobre mudanças climáticas, conservação ambiental e as consequências das ações humanas para o meio ambiente, é comum que os termos aquecimento global e efeito estufa também sejam mencionados.

O efeito estufa nada mais é do que um processo natural, resultado da concentração de gases na atmosfera terrestre. Esse fenômeno mantém a temperatura média adequada da Terra, já que a camada de gases absorve o calor dos raios solares.

Com a queima de combustíveis fósseis e queimadas, no entanto, são liberados mais gases, intensificando a camada existente na atmosfera.

Esse excesso de gases acaba impedindo que o excesso de calor seja dissipado, mantendo-o próximo à Terra. Ou seja, a camada de gases permite a entrada dos raios solares, mas a grande quantidade de poluentes na atmosfera acaba por reter mais calor do que o normal.

Isso acaba causando o aquecimento global: a temperatura terrestre aumenta, gerando impactos decorrentes das mudanças climáticas listadas anteriormente.


Panorama global das mudanças climáticas

Com os avanços científicos sobre as mudanças climáticas, esse assunto vem se tornando cada vez mais parte das pautas sobre conservação de recursos naturais: afinal, cuidar do meio ambiente é uma ferramenta para combater os impactos causados pelas mudanças climáticas no mundo.

Além disso, é importante que os esforços sejam coletivos, não apenas individuais: esse desafio é conjunto e os problemas causados pelas mudanças climáticas não se limitam às fronteiras.

Com o assunto em alta (tanto nas discussões sobre o problema, quanto na prática), governos do mundo todo estão focando na busca por soluções.

Um exemplo disso é a COP26, a maior conferência sobre clima do mundo. Ela reúne líderes de todo o globo para debater os efeitos das mudanças climáticas e a atual crise socioambiental existente.

Apesar de ter objetivos complexos e ainda distantes (como chegar ao nível zero de emissões de GEEs), a COP26 revela o interesse geral em tentar salvar nossos ecossistemas.

Se quiser saber mais, clique aqui para ler o artigo escrito pelo Gerente de Sustentabilidade da Raízen, André Valente.

Outro exemplo de movimentação coletiva foi o Acordo de Paris, tratado mundial que surgiu durante a COP21, em 2015.

Seu objetivo também é reduzir as emissões de gases de efeito estufa como forma de limitar o aumento médio de temperatura global.

Ou seja: essa pauta não se tornou relevante apenas agora, mas vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões globais.


Era da Ebulição Global: por dentro do assunto

Nos últimos anos, o mundo testemunhou uma era de transformação acelerada, na qual as mudanças climáticas se tornaram uma força motriz dominante. Esta era, que podemos chamar de "Era da Ebulição Global", é caracterizada por uma série de desafios e oportunidades significativas. 

À medida que as temperaturas globais aumentam, os eventos climáticos extremos se tornam mais frequentes, os ecossistemas se desestabilizam e os recursos naturais se tornam cada vez mais escassos. Entretanto, ao mesmo tempo, essa era também nos apresenta a oportunidade de repensar a maneira como fazemos negócios e de redesenhar a nossa estratégia de sustentabilidade.

Nesse cenário, as empresas e os líderes corporativos têm um papel fundamental a desempenhar. A sustentabilidade deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade. Empresas que abraçam a inovação sustentável, adotam políticas de redução de emissões de carbono e priorizam a eficiência energética estão mais bem posicionadas para prosperar em meio às turbulências deste nova Era.


Entenda o cenário das mudanças climáticas no Brasil

As mudanças climáticas são um desafio global, e o Brasil não escapa de alguns dos efeitos negativos causados por esse fenômeno, como o aumento da temperatura, enchentes, secas e ondas de calor. 

Com a alteração do comportamento do clima ao longo dos anos, o país vem sendo bastante prejudicado em termos econômicos, sociais e ambientais. 

Enquanto algumas regiões enfrentam períodos de seca prolongados, outras sofrem com chuvas intensas e enchentes. Essas mudanças afetam diretamente atividades econômicas que são fundamentais, como a agricultura, pecuária, indústria e serviços. 

Apesar de termos a maior bacia hidrográfica do planeta, é principalmente a região Amazônica que sofre com o crescente índice de desmatamento e as queimadas. 

Essa realidade não preocupa somente as autoridades brasileiras, mas também chama a atenção de entidades do mundo todo, já que, pessoas, animais e a própria floresta.

Para lidar com o problema, o Brasil tem adotado medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, além de aceitar apoio de entidades internacionais. O país tem compromissos, como o Acordo de Paris, que busca limitar o aumento da temperatura global a 2 °C acima dos níveis pré-industriais. 

Os investimentos em energias renováveis também fazem parte da solução, por isso, a Raízen trabalha para diversificar seu portfólio com fontes limpas e certificadas. As políticas públicas para reflorestamento e conservação da fauna e flora ainda precisam ser fortalecidas para combater as mudanças climáticas ativamente. 



Como combater as mudanças climáticas?

Pode parecer distante, mas existem medidas que podem ser tomadas pelos governos, setor privado, sociedade e entidades como forma de impedir o avanço das mudanças climáticas.

Diminuir a queima de combustíveis fósseis é uma delas, trocando por fontes de energia alternativas renováveis, como a energia da biomassa, eólica e solar.

Outra forma de combater as mudanças climáticas é investir no reflorestamento, uma vez que a vegetação absorve CO2, diminuindo a taxa dos GEE na atmosfera.

O plantio de árvores em áreas desmatadas também ajuda a revitalizar a flora dos biomas, fortalecendo o solo, impedindo a erosão, a má absorção de água das chuvas etc.

Essas são apenas algumas das ferramentas que podem ser utilizadas nesse processo. Esses esforços, no entanto, não são individuais: é preciso uma mobilização massiva para que a situação melhore.


O que as empresas podem fazer para combater as mudanças climáticas?

Considerando a necessidade de se combater as mudanças climáticas em escala global, precisamos entender também que parte da luta não depende somente de medidas governamentais.

Grandes empresas, de todos os setores, também podem auxiliar nesse processo: utilizar o sistema de economia circular nos seus processos internos, produtos e negócios, aderir à utilização de fontes de energias renováveis, reduzir o consumo e uso de água, descartar e reciclar o lixo produzido de maneira correta, por exemplo. Outra forma de impedir as alterações climáticas é investindo em projetos socioambientais, como plantio de árvores e limpeza de rios e mares.

Manter transparência sobre práticas ambientais também ajuda a reforçar ao público a importância em pensar no meio ambiente.


De que forma Biocombustíveis impactam as Mudanças Climáticas?

No esforço global para combater as mudanças climáticas, os biocombustíveis oferecem uma alternativa aos combustíveis fósseis, uma das principais fontes de emissões de dióxido de carbono (CO2) que impulsionam o aquecimento global. 

Esses combustíveis, que são produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, por exemplo, têm o potencial de reduzir as emissões líquidas de CO2, uma vez que as plantas utilizadas para sua produção absorvem carbono durante seu crescimento.

Neste contexto, o etanol de segunda geração da Raízen se mostra uma opção alternativa, mitigando ainda mais as mudanças climáticas. O diferencial do E2G é a utilização do bagaço proveniente da produção do açúcar e etanol comum (E1G) para a produção de mais etanol. 

Esse reaproveitamento proporciona um aumento em até 50% na produção sem aumento de área plantada, apresentando um índice de 30% menos emissões de gases do efeito estufa, se comparado ao etanol comum.

Qual é o papel do setor energético e da Raízen no combate contra as mudanças climáticas?

O setor sucroenergético ajuda a produzir fontes de energia renovável, como a energia a partir da biomassa, que é o caso do etanol, uma das grandes apostas da Raízen.

Além da comprovada qualidade, nosso etanol contribui significativamente para a gestão sustentável do uso do solo, a mitigação dos GEE quando comparado a utilização de recursos fósseis como a gasolina.

Também consideramos que as boas práticas socioambientais e o bem-estar dos diversos trabalhadores do campo que fazem parte da nossa cadeia produtiva são atitudes sustentáveis.

A Raízen é uma das maiores produtoras de açúcar, etanol e bioenergia do mundo. Nos orientamos de acordo com práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) e assumimos compromissos públicos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

As novas metas da Raízen do compromisso público de mudanças climáticas são:

  • Aumento de 80% na produção de energia renovável até 2030
  • Reduzir a pegada de carbono de etanol em 20%, até 2030
  • 80% do EBITDA ajustado virá de Negócios renováveis até 2030
  • Reduzir 10% a intensidade de carbono do uso de produtos até 2030

Isso pode ser visto no questionário CDP Mudanças Climáticas, que respondemos e é publicado anualmente. Nele, informamos nossas práticas de gestão, nossas taxas de emissões e uma avaliação de riscos climáticos e financeiros relacionados ao meio ambiente. Esse posicionamento nos rendeu, em 2021, o nível A (liderança) no CDP, uma grande conquista que reflete nossa busca por boas práticas no cuidado das mudanças climáticas.


Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que são as mudanças climáticas e conhece alguns caminhos possíveis para reduzi-las, entenda mais sobre o conceito de sustentabilidade, um dos principais pilares da Raízen na busca por geração de energia renovável no Brasil.

Conheça a Raízen

Para garantir a energia que move o mundo, temos um ecossistema integrado e
único de atuação: desde a produção e venda de energia renovável e açúcar a partir
da cana-de-açúcar, levando também essa energia para diversos cantos no mundo.

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