Inteligência agroindustrial
Pentágono
Em 2016/2017, nosso sistema de inteligência Pentágono apresentou resultados significativos por meio do monitoramento em tempo real das variáveis agrícolas. Na safra 2017/2018, incluiremos o monitoramento das variáveis industriais.
Assim o sistema assume duas frentes: uma no campo e outra na indústria. O objetivo é garantir a excelência operacional de toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar: da preparação do solo para plantio ao produto final nas unidades produtoras.
Com o monitoramento constante e em tempo real das operações agroindustriais, houve melhor desempenho dos processos de produção, qualidade e segurança. O intuito é permitir um ciclo contínuo, eficiente e sem interferências.
É preciso ser ágil com o controle e monitoramento das variáveis essenciais no campo e na indústria, mas é a partir da transformação desses dados em uma análise estratégica que é possível tomar decisões assertivas.
Os resultados de todo esse controle são visíveis. O planejamento, a otimização e a integração no campo e na indústria aumentaram a produtividade dos equipamentos de colheita e da frota envolvida na logística, bem como o aproveitamento da capacidade instalada das unidades produtoras em virtude da melhor gestão do fluxo de cana.
O tempo de parada dos caminhões em frente às unidades produtoras diminuiu de quatro para apenas uma hora. Os equipamentos agrícolas também ficaram mais produtivos. As colhedoras passaram a produzir 776 toneladas por dia – aumento de 15%. Já o rendimento médio das plantadoras passou de 7,5 para 9,8 hectares por máquina ao dia, salto de 31%. Isso permitiu aumento de 12% na área plantada no acumulado abril/maio de 2017 na comparação com o mesmo período de 2016 – aproximadamente 2.300 hectares a mais.
Esses são alguns dos exemplos que demonstram que o caminho para atingir a excelência operacional é baseado em uma visão estratégica e global de todas as variáveis que envolvem o negócio, incluindo análises técnicas capazes de impulsionar a capacidade industrial e garantir a agilidade de ação imediata.
Adaptação ao mercado
Na safra 2016/2017, operamos em cenário favorável para a importação de combustíveis. Ampliamos nossa operação de comércio exterior de um para dez portos em todo o País em comparação com a safra anterior. Para o abastecimento de nossa revenda e clientes foi necessário adotar um processo de adaptação constante em razão da nova política de preço e posicionamento da Petrobras.
Torre de Controle
Como reflexo do aumento das operações de importação, nossa frota cresceu 20%, o que representa 500 caminhões adicionais. Para assegurar a otimização das operações de logística inbound e em continuidade aos trabalhos que visam conferir mais eficiência, oriundos do Projeto Bolt, investimos em melhoria nos pontos de recebimento, tecnologias e capacitação profissional.
A Torre de Controle, central de onde nossa frota é monitorada, também foi fundamental para identificar alternativas ao modal rodoviário, como o dutoviário no qual avançamos alinhados à diversificação logística e à redução de custos e emissões.
Estratégia de diversificação
Mantivemos os investimentos na integração e diversificação dos modais logísticos. Finalizamos em 2017 a construção de um duto que conecta o Terminal de Paulínia à estrutura de dutos da Logum – empresa de logística responsável pelo desenvolvimento de sistema de dutos para o escoamento de etanol.
Essa operação ampliará nossa capacidade de distribuição para mais localidades. Também resultará em mais segurança e menos emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), já que serão necessários 50 caminhões a menos por mês percorrendo longos trajetos.
Nossa intenção é sempre priorizar e desenvolver modais alternativos ao rodoviário, com vistas a mais segurança e redução de custos e de emissões de GEE.
A primeira no Brasil
Desenvolvemos a primeira baia de carregamento de biocombustíveis com o sistema Bottom Loading7, que reduz o tempo de carregamento pela metade, pois permite que até quatro compartimentos recebam produto ao mesmo tempo – carregamento de 2.500 litros por minuto. Outra vantagem é o ganho expressivo em segurança com a eliminação do trabalho em altura, como demanda a metodologia tradicional.
A tecnologia foi inaugurada no terminal de etanol em Barra Bonita (SP) e já está instalada nos terminais de Araucária (PR), Ribeirão Preto (SP) e Paulínia (SP).
7Fonte: Site Raizen
Vagões-tanque
Iniciado como projeto-piloto no terminal de Paulínia (SP), na safra anterior, avançou em 2016/2017 com a instalação de braços metálicos para descarga de vagão-tanque.
Entre os benefícios, a iniciativa reduz o tempo da operação de descarga dos vagões em até 10,5%.
Eficiência e segurança
Em maio de 2016, inauguramos o centro de triagem de caminhões-tanque em Cubatão (SP). Com capacidade para receber 120 veículos por dia, a estrutura tem a função de contribuir com a distribuição e comercialização de etanol oriundo das nossas 24 unidades produtoras, receber os produtos importados e garantir a segurança dos motoristas e veículos contratados que trafegam nas rodovias Anchieta e Imigrantes.
O centro de triagem também dispõe de célula logística para o monitoramento dos terminais portuários, o que assegura a excelência de nossas operações e possibilitou a ampliação do volume movimentado no Porto de Santos.
Com refeitórios, vestiários e espaços para o pernoite dos motoristas que operam nos terminais portuários, a iniciativa evita o estacionamento de veículos nas ruas do entorno e reduz eventuais congestionamentos na região.