A produção de açúcar no Brasil corresponde a 18% da produção mundial, e a 36% da comercialização do produto no mundo. A fabricação brasileira concentra um dos maiores segmentos do agro e movimenta bilhões a cada safra.
A Raízen, empresa brasileira, é a maior exportadora individual de açúcar do mercado internacional. Além do açúcar, a empresa ainda produz outros produtos feitos a partir da cana-de-açúcar, como biocombustíveis.
A seguir, vamos falar sobre as etapas da produção de açúcar no país, a importância para o mercado nacional e internacional e como funciona o processamento na Raízen. Vem com a gente!
Produção de açúcar no Brasil
Somos o país com maior produção e oferta de açúcar, e isso não é sem motivo: na safra de 2022/23, a estimativa de produção, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, é de 2,9%, atingindo cerca de 36 milhões de toneladas de açúcar.
Em dados também apresentados pela mesma entidade, o Brasil pode chegar a ser responsável por 23% da oferta e 49% do comércio global de açúcar, seguido por Índia (que produziu 17% do volume mundial na safra 2019/20), e União Europeia (10% da produção na safra anterior).
Qual é a importância da produção de açúcar no Brasil?
Desde o início da agricultura no Brasil, o cultivo e processamento da cana-de-açúcar é um dos principais segmentos do agro. Em 2021, o país produziu mais de 715 milhões de toneladas, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Esse açúcar é utilizado em indústrias de alimentos, bebidas e de fármacos por todo o mundo.
E, claro, não podemos deixar de mencionar que a produção de cana-de-açúcar, matéria-prima utilizada para processar o produto final, representa 2% do PIB brasileiro. Falamos sobre esse grande tesouro do nosso país neste outro texto.
Processo de produção de açúcar: como funciona?
No início da cultura da cana-de-açúcar, a produção de açúcar acontecia nos engenhos, junto aos canaviais.
Com o passar do tempo e o desenvolvimento de novas tecnologias, a produção de açúcar passou a ser mais automatizada e sustentável.
Hoje, é possível contar com o aproveitamento completo da cana e o refino de outros produtos em uma mesma fábrica, como acontece nos parques de bioenergia da Raízen.
Etapas de produção do açúcar
Após a colheita da cana-de-açúcar nos canaviais (ou campos de plantio), o caule fibroso passa por maquinários para que a cana seja moída e, então, siga para o processamento. 
Existem oito etapas para a produção de açúcar, descrevemos os detalhes a seguir:
- Primeiro tratamento para a formação do caldo de cana
Com a cana moída, o resultado é um caldo espesso e "impuro". Na primeira etapa, esse líquido é aquecido e passa por um tratamento químico, depois é decantado e peneirado para que fique limpo. - Evaporação do caldo
O resultado da etapa 1 é um líquido transparente, que precisa ser transformado em xarope a partir da evaporação da água presente. - Cozimento e cristalização
O xarope é, neste momento, aquecido a altas temperaturas até que se torne uma massa homogênea. - Centrifuga do açúcar
Essa massa passa por uma centrífuga para que o açúcar seja separado do mel – que mais tarde será processado para gerar o etanol. - Secagem do produto
Agora o açúcar passa por um processo de secagem. - Peneiramento
A partir daqui, todas as etapas são feitas por controle e segurança dos alimentos. O peneiramento, além de auxiliar na granulometria, tem como objetivo eliminar e reduzir perigos físicos que podem ter sido introduzidos no produto durante a produção. - Separador magnético
No separador magnético conseguimos eliminar e reduzir partículas de metais ferrosos e não ferrosos, que ainda podem estar presentes no produto. - Detector de metais
Por fim, 100% do produto passa pelo controle com detector de metais (com capacidade de detecção para metais ferrosos, não ferrosos e inoxidáveis).
Essas são etapas importantes para garantir o atendimento aos requisitos legais de limites mínimos aceitáveis para perigos físicos. No caso de açúcares VHP considerados matérias-primas, essas etapas não são necessárias.
Como funciona a produção de açúcar na Raízen
Pensando na otimização de tempo e recursos, organizamos, nos parques de bioenergia da Raízen, a produção de vários produtos com origem na cana-de-açúcar.
Hoje, somos a maior produtora de derivados da cana-de-açúcar, e nossos parques de bioenergia são a prova da responsabilidade que temos com a sustentabilidade e com o modelo de economia circular.
Extraímos o máximo possível da biomassa produzida, que resulta no açúcar e, também, em etanol, bioeletricidade, biogás e outros bioprodutos.
Na Raízen produzimos milhares de toneladas de açúcar ao ano e temos em nosso portfólio praticamente todos os tipos do mercado, como os líquidos, refinados, cristais e até orgânicos.
Além desses, temos ainda o açúcar VHP (Very High Polarization), o mais exportado do país. Ele é um produto bruto que pode ser usado como matéria-prima para refino e tem potencial para ser transformado em subprodutos em indústrias de todo o mundo.
Para onde vai o açúcar da Raízen?
Nosso açúcar está presente no cafezinho pela manhã, no chocolate da sobremesa depois do almoço, no xarope para tosse das crianças. Conheça as indústrias que usam nossos açúcares:
- Alimentícia: na produção de açúcar refinado, cristal e demerara para consumo direto. Como ingredientes na fabricação de chocolates, balas, chicletes, bolos, biscoitos, sorvetes e cereais.
- Farmacêutica: como matéria-prima para a produção de xaropes, medicamentos de ingestão oral e produtos nutricionais.
- Bebidas: como ingredientes de refrigerantes, sucos, energéticos e bebidas alcoólicas.
Açúcar e sustentabilidade: entenda a conexão
Entre o processamento da cana até a obtenção do açúcar, é possível gerar outros subprodutos. Isso é feito por meio da aplicação do conceito de Economia Circular, em que há aproveitamento eficiente dos insumos utilizados, transformação dos resíduos em outros produtos e utilização total da matéria-prima.
Na Raízen, por exemplo, produzimos o Etanol de 2ª Geração (E2G) a partir dos resíduos da produção de açúcar, sem plantar nada a mais.
O E2G é um biocombustível com a mesma composição química do etanol comum, portanto, com a mesma função. A diferença entre os dois é que o E2G é produzido a partir dos resíduos da produção de etanol.
Isso significa que, a partir do mesmo volume de cana-de-açúcar, é possível produzir os dois biocombustíveis. Por ser gerado a partir dos resíduos, a produção do E2G apresenta um índice 30% menor de emissão de gases do efeito estufa.
Na Raízen, parte do bagaço, advindo da moagem da cana-de-açúcar, é usado para geração de bioeletricidade por meio da queima. Os Pellets são outro exemplo de como reaproveitamos nossos subprodutos para gerar novas soluções sustentáveis. Eles são produzidos a partir da biomassa prensada de cana-de-açúcar (bagaço e palha) e por isso são 100% renováveis.
Com isso, a produção de açúcar faz parte de um sistema sustentável, que busca fazer o melhor com os recursos naturais disponíveis.
Além de tudo, o uso de tecnologias no campo diminui o risco de perdas com o plantio da cana-de-açúcar, como o uso de drones e maquinário de corte. E já estabelecemos o compromisso público de até 2030 reduzir a pegada de carbono do açúcar e etanol da Raízen em 20%, até 2030.
Dados da nossa produção de açúcar
Contribuímos, e muito, para que o Brasil seja o primeiro colocado no ranking de produção de açúcar mundial.
A Raízen, sozinha, é a maior empresa de açúcar do mundo, com a marca de 6,2 milhões de toneladas produzidas entre 2021 e 2022.
E nosso açúcar – bem como os demais bioprodutos que produzimos por aqui – está presente em mais de 50 países pelo mundo!
No mercado interno, a Raízen comercializa açúcar como matéria-prima para indústrias de vários tamanhos e segmentos, desde a alimentação, do chocolate da sobremesa, até a indústria farmacêutica, nos xaropes saborizados.
Para isso, temos um grande portfólio de açúcares, contendo as variações cristalizadas, refinadas, granuladas, líquidas, açúcar bruto e demerara. Todos com a certificação Bonsucro, que reconhece a redução de impactos ambientais em nossas produções.
Conheça como funciona a produção de açúcar da Raízen e para quais mercados exportamos
Autor
Times de Comunicação Corporativa e Gente da Raízen
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